quinta-feira, 7 de abril de 2016

Manuel da Fonseca


         Manuel Lopes Fonseca, mais conhecido como Manuel da Fonseca, nasceu em Santiago do Cacém, no dia 15 de outubro de 1911 e faleceu em Lisboa, no dia 11 de março de 1993. Foi um escritor (poeta, contista, romancista e cronista) português. 
         Após ter terminado o ensino básico, Manuel da Fonseca prosseguiu os seus estudos em Lisboa. Estudou no Colégio Vasco da Gama, Liceu Camões, Escola Lusitânia e Escola de Belas-Artes. Apesar de não ter sobressaído na área das Belas-Artes, deixou alguns registos do seu traço, sobretudo nos retratos que fazia de alguns dos seus companheiros de tertúlias lisboetas como é o caso do de José Cardoso Pires. Durante os períodos de interregno escolar, aproveitava para regressar ao seu Alentejo de origem. Daí que o espaço de eleição dos seus primeiros textos seja o Alentejo. Só mais tarde e a partir de Um Anjo no Trapézio é que o espaço das suas obras passa a ser a cidade de Lisboa.
         Membro do Partido Comunista Português  (PCP), Manuel da Fonseca fez parte do grupo do Novo Cancioneiro e é considerado por muitos como um dos melhores escritores do neo-realismo português. Nas suas obras, carregadas de intervenção social e política, relata, como poucos, a vida dura do Alentejo e dos alentejanos.
         A sua vida profissional foi muito díspar, tendo exercido nos mais diferentes setores: comércio, indústria, revistas, agências publicitárias, entre outras.

         Era membro da Sociedade Portuguesa de Escritores, quando esta atribuiu o Grande Prémio da Novelística a José Luandino Vieira pela sua obra Luanda, o que levou ao encerramento desta instituição e à detenção de alguns dos seus membros na prisão de Caxias, entre os quais Manuel da Fonseca. 


                                              Bibliografia

       

                                                  Curiosidade

"Seara de vento", Manuel da Fonseca


·         A obra que Manuel da Fonseca escreveu vai ser adaptada por Sérgio Tréfaut para o cinema e as filmagens já arrancaram. Entre os concelhos de Beja, Moura e Serpa. Tanto o livro, como o filme, que terá o mesmo nome, são inspirados em factos reais, que aconteceram em Trindade, em 1932, e que ficaram inscritos na história do País como “A tragédia de Beja”. Mas a versão de Manuel da Fonseca e a deste argumento, da autoria do realizador que mostrou a região ao mundo através do documentário “Alentejo, Alentejo”, enquadra-se nos anos 50. O “Diário do Alentejo” esteve a acompanhar as filmagens que decorreram no monte isolado de Valmurado, no casebre da família, e assistiu à gravação das cenas que envolvem Palma, Júlia, Amanda Carrusca, João Carrausca, Mariana e Bento. Começou a ser filmada a história que Sérgio Tréfaut apelidou “de orgulho e dignidade”. Uma história alentejana, que afinal é universal e, por isso, do mundo. 

      " Bruna Soares, "Diário do Alentejo", 22/03/2016

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