terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Artigos de Carácter Técnico-Científico



Albert Einstein

            Entre suas principais obras desenvolveu a teoria da relatividade geral, ao lado da mecânica quântica um dos dois pilares da física moderna. Embora mais conhecido por sua fórmula de equivalência, E=mc² — que foi chamada de "a equação mais famosa do mundo" —, foi laureado com o Prêmio Nobel de Física de 1921 "por suas contribuições à física teórica" e, especialmente, por sua descoberta da lei do efeito fotoelétrico, que foi fundamental no estabelecimento da teoria quântica.


Charles Darwin
  
            Foi um naturalista britânico que alcançou fama ao convencer a comunidade científica da ocorrência devolução e propor uma teoria para explicar como ela se dá por meio da seleção natural e sexual. Esta teoria culminou no que é, agora, considerado o paradigma central para explicação de diversos fenômenos na biologia. Foi laureado com a medalha Wollastonite concedida pela Sociedade Geológica de Londres, em 1859.



 Galileu Galilei

            Galileu Galilei desenvolveu os primeiros estudos sistemáticos do movimento uniformemente acelerado e do movimento do pêndulo. Descobriu a lei dos corpos e enunciou o princípio da inércia e o conceito de referencial inercial, ideias precursoras da mecânica newtoniana. Galileu melhorou significativamente o telescópio refrator e com ele descobriu as manchas solares, as montanhas da Lua, as fases de Vénus, quatro dos satélites de Júpiter, os anéis de Saturno, as estrelas da Via Láctea. Estas descobertas contribuíram decisivamente na defesa do heliocentrismo. Contudo a principal contribuição de Galileu foi para o método científico, pois a ciência assentava numa metodologia aristotélica.


Já não há génios?

O valor individual não chega


            A ciência moderna é tão complexa e competitiva que, segundo alguns especialistas, torna-se difícil que volte a surgir um Einstein, um Darwin ou um Galileu para mudar a nossa visão do mundo.
            Dean Keith Simonton, professor de psicologia na Universidade da Califórnia em Davis, dedicou três décadas ao estudo da genialidade, essa qualidade quase mágica reservada a muito poucos. Autor de numerosas obras sobre o tema, Simonton odeia polémicas, mas acaba de ver-se envolvido numa controvérsia. No início deste ano, publicou um artigo na revista Nature cujo título era: “Depois de Einstein: o génio científico está extinto”. Em seguida, afirmava no texto que os exemplos de surpreendente originalidade tinham sido substituídos por um grande número de estudos, não muito brilhantes, destinados a esclarecer alguns pormenores.
         Quando contactámos Simonton, descobrimos que estava indignado com a Nature: em nenhum momento tinha sustentado que o génio científico era coisa do passado. “Como seguramente sabe, quando alguém se transforma em notícia, surgem logo outras histórias, até que se transformam em algo só remotamente semelhante ao original”, escreveu-nos. Os editores da revista tergiversaram por completo a sua colaboração. Tinham acrescentado Einstein ao título, assim como “extinto”, mas isso não era o pior.
            A questão que Simonton colocava verdadeiramente no texto original (a que tivemos acesso) era se o génio se torna obsoleto quando somos submersos pela criatividade científica moderna, um tema mais original e apaixonante. O especialista enviou as correções à publicação e ficou perplexo quando leu a versão final. “O mais interessante é que estou a receber toneladas de emails de prodígios rejeitados, que acreditam sinceramente que poderiam ser os próximos Einsteins se lhes dessem a oportunidade de publicar em revistas científicas. Um deles chegou mesmo a tentar divulgar o seu trabalho no YouTube. Não é uma loucura?”, pergunta.
            Apesar do aborrecimento de Simonton, a verdade é que a ciência atual não parece ter muitas figuras da dimensão de Einstein, Newton ou Galileu. Hoje, temos mesmo dificuldade em acreditar que um funcionário de um gabinete de patentes possa ter publicado, entre 1905, quatro trabalhos que fizeram tremer as sagradas bases newtonianos: a saber, que o tempo e o espaço são inexoráveis e imutáveis. Temos também a sensação de que não iremos encontrar outro Galileu, o inventor do telescópio e da astronomia moderna. Ou será que Steve Jobs, o génio que nos deu o iPad, pode ser comparado a Charles Darwin, cuja obra deitou por terra a convicção de que as espécies tinham sido criadas a dado momento da história por inspiração divina?


SUPER 186 - Outubro 2013

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