Artigos de Carácter Técnico-Científico
Albert Einstein
Entre suas
principais obras desenvolveu a teoria da relatividade geral, ao lado da mecânica
quântica um dos dois pilares da física moderna. Embora mais conhecido
por sua fórmula de equivalência, E=mc² — que foi chamada de "a equação
mais famosa do mundo" —, foi laureado com o Prêmio Nobel de Física de
1921 "por suas contribuições à física teórica" e, especialmente, por
sua descoberta da lei do efeito fotoelétrico, que foi fundamental no
estabelecimento da teoria quântica.
Charles
Darwin
Foi
um naturalista britânico que alcançou fama ao convencer a comunidade científica da
ocorrência devolução e propor uma teoria para explicar como ela se dá por meio da seleção
natural e sexual. Esta
teoria culminou no que é, agora, considerado o paradigma central para
explicação de diversos fenômenos na biologia. Foi laureado com a medalha
Wollastonite concedida pela Sociedade
Geológica de Londres, em 1859.
Galileu Galilei
Galileu Galilei desenvolveu os
primeiros estudos sistemáticos do movimento uniformemente acelerado e do
movimento do pêndulo. Descobriu a lei
dos corpos e enunciou o princípio
da inércia e o conceito de referencial
inercial, ideias precursoras da mecânica newtoniana. Galileu melhorou significativamente o telescópio refrator e com ele descobriu as manchas solares, as montanhas da Lua, as fases de Vénus, quatro dos satélites de Júpiter, os anéis de Saturno, as estrelas da Via
Láctea. Estas descobertas contribuíram
decisivamente na defesa do heliocentrismo. Contudo a principal contribuição de Galileu foi para o método científico, pois a ciência assentava numa metodologia aristotélica.
Já não há génios?
O valor individual não chega
A ciência moderna é tão complexa e
competitiva que, segundo alguns especialistas, torna-se difícil que volte a
surgir um Einstein, um Darwin ou um Galileu para mudar a nossa visão do mundo.
Dean Keith Simonton, professor de
psicologia na Universidade da Califórnia em Davis, dedicou três décadas ao
estudo da genialidade, essa qualidade quase mágica reservada a muito poucos.
Autor de numerosas obras sobre o tema, Simonton odeia polémicas, mas acaba de
ver-se envolvido numa controvérsia. No início deste ano, publicou um artigo na
revista Nature cujo título era: “Depois de Einstein:
o génio científico está extinto”. Em seguida, afirmava no texto que os exemplos
de surpreendente originalidade tinham sido substituídos por um grande número de
estudos, não muito brilhantes, destinados a esclarecer alguns pormenores.
Quando contactámos Simonton, descobrimos que estava
indignado com a Nature: em nenhum momento tinha sustentado que o génio
científico era coisa do passado. “Como seguramente sabe, quando alguém se
transforma em notícia, surgem logo outras histórias, até que se transformam em
algo só remotamente semelhante ao original”, escreveu-nos. Os editores da
revista tergiversaram por completo a sua colaboração. Tinham acrescentado
Einstein ao título, assim como “extinto”, mas isso não era o pior.
A questão que Simonton colocava
verdadeiramente no texto original (a que tivemos acesso) era se o génio se
torna obsoleto quando somos submersos pela criatividade científica moderna, um
tema mais original e apaixonante. O especialista enviou as correções à
publicação e ficou perplexo quando leu a versão final. “O mais interessante é
que estou a receber toneladas de emails de prodígios rejeitados, que
acreditam sinceramente que poderiam ser os próximos Einsteins se lhes dessem a
oportunidade de publicar em revistas científicas. Um deles chegou mesmo a
tentar divulgar o seu trabalho no YouTube. Não é uma loucura?”, pergunta.
Apesar do aborrecimento de Simonton,
a verdade é que a ciência atual não parece ter muitas figuras da dimensão de
Einstein, Newton ou Galileu. Hoje, temos mesmo dificuldade em acreditar que um
funcionário de um gabinete de patentes possa ter publicado, entre 1905, quatro
trabalhos que fizeram tremer as sagradas bases newtonianos: a saber, que o
tempo e o espaço são inexoráveis e imutáveis. Temos também a sensação de que
não iremos encontrar outro Galileu, o inventor do telescópio e da astronomia
moderna. Ou será que Steve Jobs, o génio que nos deu o iPad, pode
ser comparado a Charles Darwin, cuja obra deitou por terra a convicção de que
as espécies tinham sido criadas a dado momento da história por inspiração
divina?
SUPER 186 - Outubro 2013
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